segunda-feira, 5 de março de 2018

O TÚNEL MAL ASSOMBRADO DE SIDERÓPOLIS

                                                                                                                                                                 
Siderópolis localiza-se entre a Serra do Rio do Rastro, Urussanga e Criciúma, ficando a 214 km da capital Florianópolis, tem uma população estimada de 13.068 habitantes (em 2011).
 Já o túnel se localiza a 3,3 km do centro ou 6 minutos de carro. Eu particularmente escolhi a história desse túnel como primeiro post pois já o visitei com meu avô na infância, em meados dos anos 90, acontece que não vi assombração nenhuma ali no local, mas ele me causou arrepios. A história é a seguinte: 
Estava eu, fazendo estripulia como qualquer criança, quando meu avô pediu para parar e ter respeito com os mortos, parei na hora e cheguei mais perto do meu avô para ouvir a história que um outro senhor (provavelmente morador da cidade) contava para ele. Ele contava que uma vez o túnel desabou matando vários trabalhadores que estavam ali justamente "reformando" o túnel e que alguns corpos não tinham sido encontrados até então, permanecendo ali no local (a propósito eu estava justamente sobre os montes de terra para tentar ver o que havia do outro lado do túnel, não encontrei fotos dessa época, só as mais recentes onde o túnel já está "atravessável").
Quando cheguei em casa ainda estava meio impressionada pelo que tinha ouvido anteriormente, mas vida que segue, mais tarde estava eu vendo tv e minha mãe tomando banho, quando ouvi um estrondo enorme, como se todas as panelas que estavam no armário tivessem desabado com as prateleiras do armário e tudo, eu apavorada, ignorei e fingi que não era nada, mas minha mãe gritou do chuveiro: "O QUE VOCÊ ESTÁ APRONTANDO MENINA, QUE ESTÁ DERRUBANDO TUDO?" eu claro respondi que não estava fazendo nada, pois não estava mesmo, estava quietinha vendo tv. Daí ela me mandou ver, eu fui, morrendo de medo, e qual não foi a minha surpresa quando abri as portas do armário e tudo estava na mais perfeita ordem! Nem preciso dizer que dormi de luz acesa uma semana! rsrs
Mas como boa parte das cidades do interior catarinense, Siderópolis é pacata e tem índices quase nulos de violência. Grande parte da população é branca (caucasiano), legado deixado pelos antepassados italianos de quase toda a população. Mais de 95% da população é católica, e a principal igreja é da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no centro da cidade. Entre outras etnias presentes na cidade está a negra e a alemã.

Entre os mais novos, a lenda do túnel mal assombrado de Siderópolis parece ser pouco conhecida. “Já ouvi falar sobre isso, mas não sei ao certo a história não”, comentaram alguns. “Realmente existe essa história, só que eu não acredito nisso”, defenderam outros. Já entre os mais velhos, a história ganha outras formas. “Eu, particularmente, nunca vi nada, mas tem pessoas que dizem que escutaram vozes e viram vultos”, relata José Belarmino, de 61 anos. Desde criança, ele afirma ouvir estas histórias. “O meu pai foi uma das pessoas que trabalhou na construção do túnel. Ele chegou a contar que algumas pessoas morreram durante os trabalhos. A história que o túnel é assombrado existe desde a criação. Andei muitas vezes ali, inclusive durante a noite, e nunca vi e nem escutei nada, mas tem gente que diz já ter escutado gritos e visto gente”, comenta.

Silvio Fernandes, de 50 anos, já trabalhou em mina. Ele também nunca observou nada de anormal no local, mas revela que os colegas de trabalho evitam passar por lá por medo. “Eles diziam que escutavam barulhos estranhos, que viam gente. Eu também sempre escutei essa história, mas nunca vi nada”, frisa. Entre os relatos populares, estão os de pessoas que viram uma luz incomum no interior do túnel que, ao se aproximar, se apagava. Os sons e vultos, segundo a crença popular, seriam provados pelas pessoas que morreram na construção da passagem do trem.

O túnel por onde passa a Ferrovia Tereza Cristina, utilizado até hoje para o transporte do carvão, com 388,45 metros, fundado em 1944, encanta na chegada, remetendo os visitantes a década de 40. Ao tentar atravessar, o clima úmido deixa o ambiente sombrio. O fato de não saber o horário de passagem do trem assusta, forçando o transeunte a olhar constantemente aos lados para verificar se está próximo aos salva-vidas, que são os buracos na parede que servem para se esconder durante a passagem do trem. “Quando o trem se aproximada dá medo mesmo”, alerta José. Para Neno Berlamino Rosso, de 72 anos, a história não é verídica e teria surgido por causa de brincadeiras de crianças depois que tomaram conhecimento que uma caveira havia sido encontrada em um córrego nas proximidades. “Quando nós íamos ao cinema, em Siderópolis, costumávamos passar pelo túnel. Nós ficávamos mais atrás e jogávamos pedras nas pessoas, que se assustavam. A assombração é de vivo para vivo”, revela.

“Muita gente me pergunta sobre isso, mas é coisa que um fazia com o outro. Às vezes até a gente ficava com medo”, enfatiza aos risos, acrescentando que a partir daí os contos começaram a se alastrar. O túnel, segundo o historiador Nilso Dassi, fazia a ligação entre os portos de Laguna e Imbituba para o transporte do carvão, que era feito necessariamente por meio da Linha Férrea.











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