sexta-feira, 9 de março de 2018

AS RUÍNAS DO LEPROSÁRIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL



Foto original de Eferson Luiz da Costa /Out de 2016 - Via Google Maps




Google Maps 
São Francisco do Sul (fonte aqui)



Localizada á 188 km da capital Florianópolis e com um trajeto de aproximadamente 2h 41min de carro. São Chico (para os íntimos) está situada perto de Itapoá, Joinville e Balneário Barra do Sul. Sua população em 2010 era de 42.569 habitantes. De colonização açoriana, São Francisco do Sul é a terceira cidade mais antiga do Brasil e a primeira de Santa Catarina, sendo descoberta em 05 de janeiro de 1504 pela Expedição de Binot Paulmier de Goneville, que saiu da França (Honfleur – Normandia) com o objetivo de chegar às terras do Oriente para negociações comerciais. Após transpor as linhas do Equador e três semanas de ventos desfavoráveis a embarcação encontrou a foz de um rio e por ele navegou até atracar numa terra fértil, habitada por índios. Uma cruz de madeira foi erguida para assinalar a passagem da expedição. A cidade foi fundada em 1553, seu charme se concentra no casario que emoldura as estreitas ruelas do centro histórico, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Do outro lado, ficam os paraísos aquáticos, formados pela baía da Babitonga, que tem como pano de fundo o porto de São Francisco.
Praia de Capri (fonte aqui)








As ruínas do Leprosário (na época chamado de Lazaretto da Ponta da Costa), estão localizadas na Praia do Capri (uma extensa praia de águas tranquilas, de baía, própria para banhos e esportes náuticos) que por sua vez está situada entre a Boca da Barra e a Praia do Forte.


Foto de Adriana R Maia/ Dez de 2016 - Via Google Maps
A distância entre as Ruínas e o centro de São Francisco do Sul é de 18,4 km ou 27 min de carro, via Rod. Duque de Caxias. 






As ruínas são remanescentes de um  Monastério  Beneditino, construído  com  pedras, cal  de  conchas  e  óleo  de  baleia no  século  XVII  por  missionários e nativos. No século XVIII, quase todos os missionários já haviam morrido, e junto com a dificuldade de acesso  ao  local,  as  instalações  foram  desativadas. Posteriormente  teriam  sido  utilizadas  pelos nativos  como  alojamento  para  criadores  de  cabras,  o  que  rendeu  ao  local  o  nome  de  Capri,  até que o Imperador D. Pedro II mandasse instalar no local um hospital para portadores de doenças contagiosas.



Foto de Erika Gisele Lotz/ Mar de 2017 - Via Google Maps
Em diversos períodos do século XIX eram freqüentes nos núcleos  populacionais do litoral, doenças  como  lepra (hoje conhecida como hanseníase),  febre  amarela,  escorbuto  e  tuberculose.  Assim, as  comunidades litorâneas  desde  Cananéia  (SP)  até  Laguna  (SC)  migraram  seus  moribundos  para  o  Lazareto  do Capri, como era conhecido na época. Na  cidade  o  pavor  era  geral,  porque  as  doenças  adquiridas  pelos  moradores, através  do  contato  com  tripulantes  e  passageiros  que  transitavam  pelo  porto,  quase  dizimou  a população francisquense a partir de 1806. O Leprosário cumpriu o papel de verdadeira Santa Casa de Misericórdia, com a colaboração  de  voluntários  da  religião  católica  no  atendimento  aos  doentes.  

Fonte: Noite Sinistra
O leprosos vinham para o leprosário para ficar em total isolamento, ficavam ali até   serem totalmente devorados pelo bacilo. Ao  falecerem,  os corpos eram enterrados  nas  Ilhas próximas. 





Os moradores da região acreditavam que a lepra  poderia  continuar  contaminando  as  pessoas,  por  isso  raramente  alguém  se  aproximava  do local, ficando este abandonado por muitos anos. Com  a  implantação  do  empreendimento  “Capri  Cidade  Balneária”,  os investidores  sensibilizaram-se  em  resguardar  este  patrimônio  histórico, com  essa  iniciativa,  o  Poder  Público  promoveu  melhorias  no acesso, limpeza e ajardinamento no local, transformando-o em um ponto histórico-turístico. Segundo alguns relatos de moradores e pessoas que visitaram o local, foram avistados espectros de humanos que se escondem entre os pilares deste antigo "depósito humano", quando se chega perto das ruínas, a sensação é muito negativa, vindo-lhes na mente uma sensação de agonia, descreveram também murmúrios, gritos, pedidos de ajuda e lamentos, que saem de dentro das ruínas sem origem aparente. E ainda, há também quem afirma que o lugar é pesado, frio e até começam a sentir dores fortes de cabeça, enjôos e tonturas. Paranormais dizem que esses são os sentimentos que os espíritos que estão ali dentro conhecem. E eles passam para os visitantes na esperança de fazê-los sair dali. 



Fonte: Flickr - yuribittar


Fonte: Clic RBS


Fonte: Expedições Latinas

Foto de José Carlos Dalicani Filho/ Ago de 2017 - Via Google Maps


Foto de Eferson Luiz da Costa/ Out de 2016 - Via Google Maps


Foto de Erika Gisele Lotz/ Mar de 2017 - Via Google Maps



Fonte: Blogspot - Canal Sombrio



Fonte: Tumblr - Não pegue no sono


Fonte: Tumblr - Não pegue no sono






































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